Há ocasiões em nossa vida que a noite parece interminável.
É assim quando todas as esperanças parecem ter ido
procurar refúgio em algum lugar, menos no nosso coração.
Não somamos nossas alegrias como somamos nossos problemas.
Quando passamos por um caminho difícil, fazemos uma
revisão do que vivemos e temos vivido e somamos as dores,
que parecem crescer a cada lembrança.
Se, inversamente, fizéssemos o mesmo com nossos momentos
de alegria, encontraríamos razões a mais para viver e forças suplementares para sobreviver aos impasses da vida.
Por mais longa que seja a noite, por mais lento que tenha
sido o relógio e por mais dolorido que tenha estado nosso coração, o sol nasce novamente.
Pouco importa se no dia seguinte ele estará ainda encoberto
por nuvens, ele não estará encoberto eternamente.
A certeza de que algo de bom e bonito existe nos faz
guardar ainda acesa a chama dentro do coração.
Se o sol vai e volta, a lua some e reaparece, as marés
baixam e sobem, não há razões para que na vida
não demos a volta por cima.
A natureza é a prova viva de que tudo está em movimento
sempre e nós fazemos parte dessa paisagem idealizada
e plantada por Deus.
Tudo é passageiro, as alegrias vêem e vão, mas o sofrimento também, até mesmo aquele que se instala no mais profundo do nosso ser, ele também se acalma e deixa um lugarzinho aberto para a doçura de viver.
Não podemos desistir de ser felizes enquanto o sol
não desistir de renascer.
“Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor
está a vida; o choro pode durar uma noite,
mas a alegria vem pela manhã”.
(Salmo 30:5)
Nenhum comentário:
Postar um comentário